quarta-feira, 30 de abril de 2008
Catarina não são duas - parte 2
segunda-feira, 28 de abril de 2008
Acertando as contas com o impulso
domingo, 27 de abril de 2008
Uma nova era
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Catarina não são duas - parte I
quinta-feira, 24 de abril de 2008
Flertando com a mentira
quarta-feira, 23 de abril de 2008
A menopausa das flores
terça-feira, 22 de abril de 2008
She wants revenge
Ele se levanta do sofá, onde os dois se esfregavam pornograficamente. Ela fica lá, pelada, ardendo em chamas. Ele vai até o olho mágico e não vê ninguém do outro lado da porta. Ao voltar pro sofá, ainda duro feito pedra, encontra a pelada agora vestida. Sentada no sofá, acendendo um cigarro. No canto da sala, acende-se o abajur. Uma outra mulher. Sentada numa pequena poltrona, com uma arma no colo. Ela aponta a arma pra ele. E, calmamante, surge um homem vindo do seu quarto. De terno, ele se aproxima da mulher no sofá. Ele começa a tirar a roupa dela. Ela começa a tirar o terno dele. Ficam completamente nus, ela mais uma vez. Ele, num corpo escultural, faz ela berrar de tanto prazer. Trepam durante muitos minutos. E ele continua em pé. A mulher na poltrona continua apontando a arma pra ele. Ela fala:
-É isso que você tem feito com essa vagabunda durante todos esses anos nessa porra de apartamento. Isso aí que você tá vendo. Enquanto você fode com ela aqui, eu fico em casa, contando os minutos pra você chegar, olhar pra mim e dizer que quer dormir porque tá cansado. Claro, trepou a noite inteira. Tem que estar cansado.
Os dois continuam transando no sofá. Ela geme sem parar.
-Mas isso vai acabar. Na verdade, já acabou.
Ela atira no pau dele. Ele urra de dor. E cai de joelhos. Olha pra ela. Ela ri. E atira na cabeça dele. Os dois no sofá param por um instante. Ela grita:
-Continua, caralho!
Eles voltam a transar. Ela vai até a poltrona no canto da sala. Pega um envelope dobrado ao meio, com uma fita isolante fechando. Pega um lenço, limpa a arma e a joga num outro canto do apartamento. Vai até os dois no sofá, que continuam trepando. Ela joga o envelope por cima deles, abre a porta do apartamento e vai embora. Pronto.
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Coisa do Demo
A vodca (em russo во́дка; em polonês wódka) é uma popular bebida destilada, incolor, quase sem sabor e com um teor alcoólico entre 35 e 60%. A vodca é a bebida nacional da Rússia. O nome vodca é o diminutivo de "água" (agüinha) em várias línguas eslavas, contudo não se tem certeza da origem etimológica, que poderia ser apenas uma coincidência.
ou
A vodca é uma bebida que, se ingerida sem pudor ou respeito, pode causar estragos sensíveis à sua vida social. Seus amigos vão te oferecer, mas, por maior que seja seu desejo em entornar a garrafa organismo adentro, segure sua onda. Vai ser melhor para você e para aqueles que estão no seu entorno. Eu garanto. De verdade.
domingo, 20 de abril de 2008
Desconstrução
Algumas pessoas ficam assutadas quando digo que não votaria no Gabeira de forma alguma. Outras demonstram até uma raiva incontrolada, quase espumando. Não tenho sequer tempo de mostrar porque não elegeria Gabeira nem para síndico do meu prédio. Mas, como o blog é meu e aqui não tenho que agüentar o papo chato com argumentos batidos sobre o "caráter" e a "integridade" deste "puta deputado", explicarei minhas razões.
Fernando Gabeira é herdeiro da geração que sofreu o pão em que o diabo sentou nos anos de ditadura militar. Como militante ultrapop, seqüestrou embaixador, usou sunguinha de crochê e fumou muita maconha. Super legal, super bacana e descolado, né? Mas, vamos lá, ninguém nunca me disse uma contribuição relevante que Gabeira tenha trazido até nossa sociedade. Um projeto relevante, uma lei de destaque, uma proposta inovadora. Simplesmente virou um mito, adotado pela mídia e acolhido pelos "intelectuais" cariocas da Zona Sul. Ah, porque não sei se vocês sabem, mas é chique, é cool votar no Gabeira. Votar no Gabeira mostra que você é vanguarda, liberal, prafrentex. Credo.
Hoje em dia, na agenda do deputado encontramos temas de suma importância, como, por exemplo, a regularização da profissão de prostituta. Claro, esse meu povão cheio de ginga está muito engajado em saber se é justo existir uma carga tributária por cada puta que é consumida. Pelamor, amiga dona de casa. Temos mais com o que nos preocupar, não é mesmo?
Outra questão muito defendida pelo deputado verde é a liberalização da maconha. O que já é uma piada pronta, porque todos nós sabemos que Fernando Gabeira é sinônimo de baseado. Há interesses pessoais diretamente ligados à proposta. Interesses enrolados em seda pura, claro. E, obviamente, o grande deputado esquece de colocar em debate a grande chave do problema: a culpa cortante que usuários como ele têm no caos em que a cidade do Rio se transformou por causa do tráfico de drogas. Mais uma vez, eu e você amiga que está na cadeira do seu PC, sabemos que se a Rede Globo e os jovenzinhos da Zona Sul parassem de cheirar nossos amigos traficantes iriam à loucura. Quiçá, à falência.
Em outra frente de combate, vamos lembrar passo a passo os últimos anos do deputado. Em 2002, se elegeu pelo PT, pegando carona na mega popularidade do presidente Lula. Porém, quando a coisa apertou e o governo passou por uma crise grave, vimos Gabeira lado a lado com ACM Neto & Cia, bradando contra os barbudinhos trabalhadores. E agora, em sua pré-candidatura à Prefeitura do Rio, ele tem o apoio do PSDB. Do PSDB! Partido que ele atacou veementemente nos anos FH, PSDB de Marcello Alencar, PSDB de Arthur Virgílio. Particularmente, não sou radical quando se tratam de alianças, e não tenho simpatia específica por partido algum. Mas, se Gabeira é um bastião da lógica e um dos últimos redutos da coerência política nacional, que se cobre o mínimo de pudor nos apoios que recebe em sua pré-candidatura.
Então, por mais que Gabeira seja honesto, descolado e liberal, falta algo que deve ser valorizado em qualquer pessoa, ainda mais uma que almeja o poder público: a consistência de argumentos em suas convicções. Sem essa consistência, tudo fica amorfo e vira uma piada, como, para mim, é Fernando Gabeira.
E, sinceramente, espero não ter que voltar a gastar tempo falando sobre o deputado. Até porque, como um espasmo de sabedoria do povo carioca, sabemos que ele não será eleito. Amém.