terça-feira, 22 de abril de 2008

She wants revenge

Entraram no apartamento como um tornado. Enlouquecidos com tanto fogo e paixão, nem acenderam a luz. Ela tirou a blusa dele. Ele tirou a camisa dela. Ela tirou as calças dele. Ele tirou a saia dela. Sapatos, meias, calcinha, cueca. Os dois ficaram completamente nus. Excitados pelo tesão que os consumia totalmente, sem pudores. Beijos, chupões, mãos, coisas. Toca a campainha.

Ele se levanta do sofá, onde os dois se esfregavam pornograficamente. Ela fica lá, pelada, ardendo em chamas. Ele vai até o olho mágico e não vê ninguém do outro lado da porta. Ao voltar pro sofá, ainda duro feito pedra, encontra a pelada agora vestida. Sentada no sofá, acendendo um cigarro. No canto da sala, acende-se o abajur. Uma outra mulher. Sentada numa pequena poltrona, com uma arma no colo. Ela aponta a arma pra ele. E, calmamante, surge um homem vindo do seu quarto. De terno, ele se aproxima da mulher no sofá. Ele começa a tirar a roupa dela. Ela começa a tirar o terno dele. Ficam completamente nus, ela mais uma vez. Ele, num corpo escultural, faz ela berrar de tanto prazer. Trepam durante muitos minutos. E ele continua em pé. A mulher na poltrona continua apontando a arma pra ele. Ela fala:

-É isso que você tem feito com essa vagabunda durante todos esses anos nessa porra de apartamento. Isso aí que você tá vendo. Enquanto você fode com ela aqui, eu fico em casa, contando os minutos pra você chegar, olhar pra mim e dizer que quer dormir porque tá cansado. Claro, trepou a noite inteira. Tem que estar cansado.

Os dois continuam transando no sofá. Ela geme sem parar.

-Mas isso vai acabar. Na verdade, já acabou.

Ela atira no pau dele. Ele urra de dor. E cai de joelhos. Olha pra ela. Ela ri. E atira na cabeça dele. Os dois no sofá param por um instante. Ela grita:

-Continua, caralho!

Eles voltam a transar. Ela vai até a poltrona no canto da sala. Pega um envelope dobrado ao meio, com uma fita isolante fechando. Pega um lenço, limpa a arma e a joga num outro canto do apartamento. Vai até os dois no sofá, que continuam trepando. Ela joga o envelope por cima deles, abre a porta do apartamento e vai embora. Pronto.

3 comentários:

Pedro Rabello disse...

Mulher traída é uma desgraça.

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

atos, instinto, o ser humano.

Tudo real. Ficção da verdade.

Adorei o blog.